As varizes são um enorme incômodo para muitas pessoas. Tanto homens quanto mulheres podem sofrer com essas dilatações ou tortuosidades das veias. O mais comum é que o problema apareça nos membros inferiores, uma vez que temos o hábito de permanecer em pé ou sentados por longos períodos, ocasionando o aumento da pressão nessa parte do corpo.
Além de simbolizarem um risco à saúde, as varizes se tornam um desconforto em relação à autoestima. É por isso que, cada vez mais, se fala sobre possíveis tratamentos. Na maioria dos casos, a questão pode ser tratada com medidas de autocuidado, como exercícios físicos, emagrecimento ou, mesmo, evitar vestir roupas apertadas e permanecer na mesma posição por muito tempo. Uma nova alternativa, e que vale a pena discutir com seu cirurgião vascular, é a escleroterapia ecoguiada com espuma, mais conhecida como “tratamento de varizes com espuma”.
Como é feito o procedimento?
Para este tipo de tratamento, é empregada a espuma de polidocanol. A princípio, esta substância era estudada como anestésico, mas, com o passar do tempo, ela se demonstrou bastante eficaz na promoção do fechamento das veias. Tal característica, aliada à sua leve capacidade anestésica, faz com que a matéria seja praticamente indolor ao ser injetada.
Quando agitado, o polidocanol forma uma densa espuma, que ocupa todo o espaço do vaso. Em seguida, a substância destrói o endotélio, que é a camada celular que reveste o interior dos vasos sanguíneos e linfáticos. Com isso, é ocasionada uma trombose química localizada. Resumidamente, ao passo em que o vaso é fechado, fecha-se, também, as varizes.
De que maneira é realizada a injeção da espuma?
A grande vantagem do tratamento de varizes com espuma é que ele pode ser realizado no próprio consultório, sem a necessidade de internação, cortes ou anestesia. O primeiro passo é a agitação da seringa que contém o medicamento. Desta forma, o médico cria a espuma e a injeta no vaso. Tal procedimento deve contar com o auxílio de um ultrassom, para que a veia a ser tratada seja localizada com precisão.
Na sequência, a substância se expande pelas paredes internas do vaso e promove a expulsão do sangue. Feito o procedimento, é preciso utilizar uma meia elástica por 15 dias ou de acordo com a orientação médica. Ainda assim, o paciente consegue andar normalmente e não necessita repousar.
É comum que a pele ao redor do local da aplicação escureça, mas as manchas normalmente desaparecem dentro de três meses. É aconselhável o acompanhamento de um dermatologista para métodos mais eficazes de clareamento da pele.
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